" Certo homem de posição
perguntou-lhe: Bom Mestre, que
farei para herdar a vida eterna?
Respondeu-lhe Jesus: Por que
me chamas bom? Ninguém é bom,
senão um só que é Deus. "
(Lucas, 18:18-19)

O Demônio e a Srta. Prym de Paulo Coelho

Argumento: 5/5
Desenvolvimento: 3/5
Conclusão: 2/5

Personagens: 2/5
Ambientação: 5/5
Integração Personagem/Ambiente: 3/5

Grau de satisfação: 60%

Prós:
- Excelente proposta em trama original.
- Textos filosóficos magníficos.
- Leitura rápida, viciante.

Contras:
- Infelizmente, a argumentação de P.C não foi boa o bastante para manter a mesma qualidade ao longo da obra.



Concluindo a trilogia " E no sétimo dia... " com a obra O Demônio e a Srta. Prym, Paulo Coelho nos apresenta um livro, no mínimo, duvidoso de sua qualidade como romance, mas riquíssimo em sua quantidade de informações bilaterais sobre o Bem e o Mal, MESMO que falhe ao integrar tais informações ao enredo de sua obra.

Com a chegada de um visitante acompanhado de um demônio na pequena cidade de Viscos, isolada em algum lugar da Europa, a vida de todos os habitantes do bucólico lugarejo vê-se frente a uma mudança radical. O visitante faz uma proposta dantesca que garantirá o futuro da decadente cidadela: onze barras do mais puro ouro aos cofres públicos (quantidade mais que suficiente para que todos os habitantes não trabalhem até a morte) se alguém aparecer morto no local dentro de sete dias. O estrangeiro passa a informação à Chantal Prym, garçonete do único bar do vilarejo, que deverá passar a informação aos outros habitantes. O desenrolar de uma trama que poderia nos proporcionar um excelente romance nas mãos de um bom romancista descamba para uma pitoresca dissertação sobre o Bem e o Mal, interessante, mas muitas vezes infame e desnecessária. A forma como o estrangeiro aborda as duas forças é quase cômica (como todo radicalismo) - seus motivos são revelados na obra, mas não são fortes o bastante para convencer o leitor de que sua determinação para encontrar a "resposta" é, digamos, coerente.

O Demônio e a Srta. Prym encerra a trilogia de livros que reuniu três das mais esquecíveis obras de Paulo Coelho: Nas Margens do Rio Piedra Eu Sentei E Chorei, Veronika Decide Morrer e, por fim, este.

Vale lembrar que uma obra esquecível de Paulo Coelho não é necessariamente ruim - simplesmente não é tão boa quanto outras grandes obras, ou até obras menores de importante valor, como As Valkyrias. Prym é um bom livro, só não é tão bom quanto outros livros de Coelho, que é um dos maiores e mais importantes autores brasileiros de todos os tempos, e continuará sendo por um bom tempo.

NOTA: Já havia lido este livro na época de seu lançamento, mas quis estrear logo as "reviews" deste journal. Quis também torná-lo logo um journal bilíngue, desta forma posso praticar tanto meu inglês quanto meu português, e em breve, espero poder incluir ainda textos em espanhol.
De agora em diante focalizarei em análises de filmes e livros recentes. Estar antenado com a atualidade também é uma virtude :)
Quero apenas trazer inovações à este journal, que me ajuda a aliviar o stress e me expressar melhor com o passar do tempo. Agora é um journal bilíngue e com conteúdo informativo, além de conter textos de minha própria autoria e obras que marcaram a minha vida. Excelente... é realmente algo que eu preciso.
Te vejo em breve!