To introduce the new month, I am posting a poem that my friend Lua wrote. It really touched me when I first read it and I can't find a better way to start a new month :)
To preserve its essence I decided to leave it in its original form, in portuguese, but I will be translating it along the month and probably soon enough I will have it in english here.
That's all for now. I wish you all a great month.

Uma Flor
Lua

Eu beijei uma flor.
Senti seu perfume e no recolher de suas pétalas a nova
estação que eu representava.
Toquei o corpo da flor.
Desabrochando em minhas mãos e sedenta por um novo
amanhecer.
Invadi seu jardim para deleitar-me aos poucos de seu
néctar, antes guardado para o banquete de um único Deus,
mas permitido a mim por excelência divina...
Eu vi a cor da rosa, era rubra, onde guardava sua timidez
aparente.
E beijei-lhe a face.
Abracei-lhe o corpo frágil, fotossíntese para sua
existência.
E não parei, continuei, lendo as entrelinhas do seu olhar.
O corpo lânguido e reprimido mas impossível de ser
ocultado, pois não existe ser que possa esconder tamanha
beleza.
Tão formosa flor,
Tão doce e meiga flor,
Tão adorável flor,
Tão minha flor.
Enquanto estivera em meus braços, foi minha.
Não há quem duvidasse de sua beleza, poder e desejos de
mulher.
Tão guardados e ocultos num único botão de rosa.
Vi gotas de orvalho escorrerem por suas pétalas macias e
rosadas.
Por um instante pensei em enxugá-las e desisti...
Pois eram seus medos e devaneios esvairindo-se dela.
Se pudesse a guardaria p/ mim.
Mas seria egoísta, arrancar tão formosa flor de seu
habitat...
Roubaria sua magnitude e liberdade.
E sem querer ficaria escrava de suas vontades.
A quero livre, bela e formosa,
Tal qual ela é,
Tal qual ela foi,
Tal qual sempre será.
A linda e bela rosa que beijei...