O PARTO



A possibilidade de fazer nascer uma vida de dentro de si torna a mulher sagrada. Embora a promessa inicial tenha envolvido um homem, a bênção de carregar essa vida por meses e ter seu corpo modificado por ela é um momento sublime e único da mulher. A gravidez é o momento mais mágico da vida de qualquer mulher. O parto, não importa de que forma seja realizado, é o momento mais difícil, mais delicado. Quantas indagações não surgem dentro da cabeça da mulher no momento do parto? Quantos medos? Quantas dúvidas?

Mesmo que nos dias de hoje possamos contar com as mais variadas tecnologias para tornar o processo de gravidez menos sofrível, uma questão ainda assola o mundo: o aborto. Com tantos métodos contraceptivos disponíveis para se evitar a gravidez indesejada, muitas ainda preferem ou recorrem ao ato criminal do aborto. Hoje, com os avanços da ultra-sonografia, podemos ver um feto de 15 dias com o coração batendo. Uma "pessoinha" dentro da mulher, com um pequenino coração bombeando sangue por todo seu corpinho em formação. O aborto pode ser resumido nas seguintes palavras: assassinato de uma criança não nascida. Com a elevação das idéias "pró-aborto" no país, quem recorre a um ato desses utilizando de argumentos tais como "tenho o direito de decidir a melhor hora de ser mãe" ou "foi um acidente, não posso ser mãe agora" é tão hipócrita quanto o pseudo-vegetariano que come crustáceos afirmando que "crustáceos são menos evoluídos que plantas", ou o político corrupto que afirma que "caixa dois é normal, sempre existiu", simplesmente porque não consegue resistir e é típico do ser humano procurar um bode expiatório para suas fraquezas e seus apegos ao ego.

A tecnologia evolui, e, com ela, as facilidades. Mas de nada adianta levar uma gravidez adiante se a portadora do feto não tiver os requisitos essenciais: amor e carinho, não só próprios, mas também pela criança que abriga em seu ventre e apoio familiar e hospitalar. Os filhos da nova geração nascem em período conturbado, em um mundo caótico, onde só se vê dor e amargura. Todo cuidado é necessário.

A mulher que dá a vida a uma criança, não importa o método do parto, está colocando no mundo um desafio, uma nova vida, uma nova pessoa que terá todo o potencial para brilhar, e se não houver amor nesse processo, atenção, dedicação, conforto e outros decretos de uma boa hotelaria hospitalar, o risco de se contrair uma das "novas doenças do mundo moderno" (tais como a depressão pós-parto) é maior, e isso não beneficia ninguém. Nem a mulher, nem a criança, nem o mundo.

No mundo atual a mulher, depois de muita luta, conseguiu seus "direitos iguais". Nada mais justo. Mas se vem ao mundo para gerar filhos e povoar a terra (como acontece no mundo animal, nosso mundo - com a única diferença que nós, humanos, possuímos CONSCIÊNCIA), os direitos são, sempre foram e sempre serão, a feminilidade e o direito à maternidade. E tem, sim, deveres com suas responsabilidades perante os filhos que colocou ou colocará na Terra. Mas não tem o direito de destruir uma vida que, se está lá porque permitiu (salvo exceções), deve continuar lá, se nutrindo no ventre materno, quentinho, confortável, tão inocente e indefeso.

Por isso o parto bem feito é tão importante na vida da mulher. A mulher se entrega por completo, encontra-se completamente indefesa durante o processo de "desprendimento" da sua criatura com seu próprio corpo. E, mesmo que muitas vezes tal coisa possa ter acontecido acidentalmente, coloca uma criança no mundo e deve continuar seu papel de mãe da mesma forma que desempenhou o mesmo papel nos nove meses da maternidade.

O famoso e mais odiado político de todos os tempos, George W. Bush, acertou somente quando disse: "Through sonograms and other technologies, we can clearly see that unborn children are members of the human family as well. They reflect our image, and they are created in God's own image". ( Através de ultrassonografia e outras tecnologias, nós podemos ver claramente que crianças não nascidas são membros da família humana também. Elas refletem nossa imagem, e são criadas na imagem do próprio Deus ).